terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cartão de crédito e juros abusivos

 Os juros nos cartões de créditos nunca deixaram de ser abusivos, pois ao passo que a taxa Selic teve grande redução ao longo de 2012, ao menos esse era o mecanismo das marionetes de Lula(Dilma e Guido Mantega) para forçar os bancos a reduzirem os juros, os bancos federais não reduziram nos juros de quem já se encontrava inadimplente e os bancos privados ao contrário as elevaram ainda mais.
Porém como a maioria dos consumidores não tem o hábito de analisar a sua fatura mensalmente nem perceberam isso.  Acho que eles esqueceram que no sistema financeiro quem dita as regras são os bancos e não eles.  Aguarde e veja como os juros irão subir daqui por diante.

Parcelamento da fatura é uma roubada

o endividamento recorde no primeiro trimestre de cada ano já é de praxe, porém 2013 começa realmente preocupante.   Muitos caíram na lábia dos bancos em no final de 2012 e fizeram renegociações ou parcelamentos de fatura, isso tudo só para continuar com crédito e manter o limite do cartão de crédito no natal.  Porém agora caíram em si e perceberam que é humanamente impossível pagar o acordo assumido.  Já prevendo isso os bancos não reduziram os juros e ao contrário mantiveram os mesmos em níveis impagáveis.  

Cartão pratica juros de 453% ao ano

A Associação Brasileira do Consumidor – ABC elaborou a perícia financeira no cartão de crédito de setembro a janeiro de 2013 da consumidora Lika, e verificou que os juros cobrados no pagamento do mínimo durante todo esse período foram de 17,49% ao mês, ou seja; 453,46% ao ano dezembro.  Veja que a Taxa Selicx nesse mesmo período oscilou entre 8% a 7,25% ao ano, logo o que justifica essa total discrepância?  A inadimplência -  alegam os bancos.  
Na ponta do lápis – Como calcular sua fatura do cartão de crédito - Para ilustrar melhor a evolução da dívida de um cartão de crédito, vamos tomar como base o caso de uma pessoa que possui saldo devedor de R$ 1.500, e cujo cartão cobra juros rotativos de 10% ao mês.

Caso opte por efetuar apenas o pagamento mínimo, esta pessoa terá que desembolsar apenas R$ 300 do total da fatura (em geral o valor mínimo é fixado em 20% do valor da fatura). Neste caso, o saldo da fatura que teria que ser financiado, por não ter sido pago, seria de R$ 1.200.
Este valor será acrescido dos encargos pelo atraso no pagamento da dívida financiada. Além do juro rotativo, há ainda a multa por atraso (2% ao mês), os juros de mora (1% a.m.).

Calculando os respectivos valores, tem-se o juro do rotativo, em R$ 120 (R$ 1.200 x 10%), a multa por atraso, em R$ 24, e os juros de mora, em R$ 12. Em outras palavras: quase R$ 160 apenas em encargos!
No mês seguinte, portanto, a sua dívida, antes de R$ 1.200 no cartão, passou a valer cerca de R$ 1.360 (R$ 1.200 + R$ 160). Se, por mais uma vez, não for possível quitar a fatura inteira e você tiver que pagar apenas o valor mínimo (20% ou R$ 272), é bom saber que, sobre o saldo restante, R$ 1.088,00 serão calculados novamente todos os encargos já mencionados.

Você sabe quanto já pagou só de Juros?

Vamos lá, pegue as faturas a partir do mês em que passou a pagar o mínimo, e vá somando mês a mês os juros cobrados pela administradora. Depois some separadamente o quanto fez de compras, e respectivamente o quanto já fez de pagamentos.   No final você vai perceber que sua dívida hoje é extremamente absurda, em razão de tudo que já foi pago.

Devo parcelar minha fatura ou refinanciar minha dívida?

As administradoras de cartão de crédito não estão facilitando em nada a vida dos devedores.  Veja exemplo de um outro consumidor que os peritos contábeis e especialistas da ABC analisaram:

Se você não estiver sentado, sente-se antes de continuar lendo, pois estão lhe cobrando 17,99% ao mês de juros, representando 628,01% ao ano.  Ao pedir o parcelamento da fatura, oferecem juros em torno de 6% ao mês, que também é extremamente alto.   Veja esse exemplo: considerando que tenho uma dívida hoje de R$ 4.500,00 no cartão, e que eu venha a pedir o parcelamento desse valor para a administradora em 12 meses, com% juros de 6% ao mês, estarei pagando ao término dos 12 meses R$ 6.441,00, ou seja, ao invés de solucionar seu problema acabou aumentando sua dívida em mais de 43%.

Judiciário acompanha a realidade econômica - “Menos litígio e mais conciliação. Esse é um dos caminhos para o futuro do Judiciário no Brasil” - Ministro Massami Uyeda, do Superior Tribunal de Justiça.”

A ABC já vem se prevalecendo dessa premissa à muito tempo.  Temos elaborado a perícia financeiras nos cartões de crédito, e após detectadas as abusividades e o valor real da dívida e buscado uma solução amigável junto as administradoras de cartões.  As mesmas tem sido mais flexíveis nesse sentido e oferecido propostas de acordo com valores muitos próximos dos resultados apurados em nossas perícias contábeis;  pois sabem que o judiciário está atento aos juros abusivos que vem sendo cobrados.

“A covardia coloca a questão, 'É seguro?´O comodismo coloca a questão, 'É popular?´ Mas a consciência coloca a questão, 'É correto?´ E chega uma altura em que temos de tomar uma posição que não é segura, não é elegante, não é popular, mas o temos de fazer porque a nossa consciência nos diz que é essa a atitude correta". - Martin Luther King
 
Marcelo Segredo - Consultor Financeiro especialista na redução de dívidas bancárias
Jornalista MTB 51.494

Marcelo Segredo - Especialista na redução de dívidas 

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